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A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa


“Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais.”

Uma discussão vibrante, comprometida e intensa marcou o último encontro do "Tertúlia Literária, o Clube".


Duas leituras em voz alta, uma com “acento sertanejo” e outra sem acento especial, revelaram aos participantes possíveis interpretações para o primoroso conto A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa.


Guimarães, um homem que falava 19 línguas, criava palavras, retomava palavras em desuso, operava com rimas e tantos outros recursos poéticos! Com linguagem própria, nos convida nesse conto, a desvendar a terceira margem do rio. O que é? Onde está?


Para alguns, a partida do pai para o rio em sua canoa soa como a busca ou encontro com a morte, o suicídio. Para outros, o rio representa a vida e a canoa aquela que transporta para o desconhecido ou para dentro de nós mesmos.


Surpreendente e misterioso do começo ao fim, o conto, com sua ambientação regional, é, no entanto, um mergulho profundo em reflexões sobre os dois grandes enigmas universais para os quais ninguém tem respostas: a vida e a morte.


Tertúlia Literária, o Clube





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